Acabei de ler o "Jornal de Leiria", edição semanal nº 1129, datado de 2 de Março de 2006. Apreciei sobremaneira o suplemento "VIVER", particularmente o artigo assinado por Damião Leonel, abordando a história riquíssima e completamente esquecida do "Grande Hotel Liz" em Leiria.
Quantas vezes não pensei numa oportunidade para breve de conhecer em pormenor a história daquele Hotel, hoje em ruínas, diz que em fase de estudo de requalificação ou remodelação no enquadramento urbanístico do centro da cidade, como se impõe aliás. Este trabalho do "Jornal de Leiria" veio, duma forma inesperada, escancarar aquela informação com pormenores interessantíssmos, ficando, assim, mais disponíveis à generalidade da população que se interessa pela sua história como referência e antecedentes justificativos da nossa forma de viver a actualidade.
Em 2004 tive ocasião de escrever, em co-autoria com Zaida Paiva Nunes (com quem sou casado desde 1968), um livro que pretende aflorar a vida de um homem (José Teles de Almeida Paiva), uma época (grande parte do séc. XX e fins do séc. XIX) e uma cidade (Leiria). Nesse livro, edição da "Folheto - Edições & Design" e dos autores, reproduzem-se várias fotografias do arquivo pessoal do biografado e da família, que pretendem ilustrar aspectos da cidade e da vida das suas gentes naquele período. A oportunidade que me foi, então, proporcionada, de observar com atenção, fotografias da cidade de Leiria e das pessoas que cá viviam no decorrer dos anos que medearam o século XX, constituiu, para mim, que cá vivo desde 1966, um enternecedor fortalecimento dos laços que têm vindo a entrelaçar a minha vida com esta região.
A fotografia do "Grande Hotel Liz"e da sua zona envolvente, publicada no artigo em análise, consegue transmitir-nos uma ideia muito precisa do que seria aquela zona da cidade no início do séc. XX.
Este "post" tem por finalidade expor, lado a lado, aquela fotografia com outra que tirei hoje, com a minha máquina fotográfica que me acompanha para todo o lado.
Permiti-me digitalizar a foto do "Jornal de Leiria", que sei que ma facultavam se assim o solicitasse, mas que também sei que não me vão levar a mal a sua utilização no contexto e finalidades deste "blog".
A fotografia com data de hoje, tirei-a com uma máquina digital SONY dsc-p10 zoom ótico 3x, 5,00 MegaPixels. Eram para aí umas 13h45 e o tempo estava a ameaçar aguaceiros.
Não se conseguem observar, à distância a que a imagem foi recolhida, os pormenores da degradação a que chegou aquele edifício, abandonado há muitos anos, vidros partidos, interior que se percebe a cair aos bocados, algumas portas e janelas fechadas com reforços para evitar a ocupação pelos sem abrigo.
A igreja cuja ala lateral Sul se vislumbra no lado direito da fotografia, é a Igreja do Espírito Santo. Encontra-se localizada, para quem não conhecer Leiria, junto à rotunda, aquela dos paralelepípedos plantados, de saída da Ponte Hintze Ribeiro, entrada na Rua Tenente Valadim e na Rua Machado dos Santos. Perto, pode fruir-se da área pedonal da Fonte Luminosa e, em segundo plano, a silhueta do Castelo de Leiria, na direcção Norte.
No momento em que este post está a ser editado, iniciaram-se obras (mais confusão... interminável balbúrdia de obras ditas de requalificação do centro de Leiria...) de remodelação da zona do Jardim Luís de Camões, a que já se fez referência no post anterior.